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casal de meia idade na praia sorrindo aproveitando a vida
06 . 09 . 2021

Previdência privada: o que é e como funciona

A previdência privada, também chamada de previdência complementar, é um tipo de investimento muito parecido com os fundos de investimento comuns no mercado. A diferença está na sua finalidade: os fundos de previdência são indicados para quem quer poupar recursos para o futuro ou para quem possui objetivos a médio e longo prazo

É atraente devido à rentabilidade, maior que a da poupança, e também à flexibilidade que apresenta. Várias empresas oferecem planos de previdência sem aporte obrigatório inicial. O aporte é um valor esporádico que pode ser feito a qualquer momento, até antes de iniciar as contribuições mensais.

O plano de previdência privada é uma excelente opção para complementar a previdência pública, paga pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), especialmente para quem sonha em contar com maior estabilidade financeira após a aposentadoria.

A previdência privada em sido uma tendência crescente entre os brasileiros, já que a Reforma da Previdência alterou diversas regras da aposentadoria do país.  

Reforma da previdência

Aprovada em novembro de 2019, a Reforma da Previdência trouxe mudanças que impactam na aposentadoria do brasileiro.

Tempo de contribuição

Um dos pontos de maior interesse do servidor, o período de contribuição teve as seguintes alterações no projeto:

  • Homens: no mínimo 65 anos e 20 anos de contribuição.
  • Mulheres: no mínimo 62 anos de idade e 15 de contribuição. 

Importante: apenas quem contribui para o INSS por 40 anos tem direito ao recebimento integral do benefício – valor igual ao total do salário, desde que esteja dentro do teto previdenciário. 

Cálculo de contribuição mensal

Outro ponto primordial na definição do valor a ser recebido pelo beneficiário, o cálculo de contribuição ficou da seguinte forma:

  • Até 1 salário-mínimo: 7,5%.
  • Acima de 1 salário até R$2000: 9%.
  • De R$2001 a R$3000: 12%.
  • De R$3001 até R$ 6433, que é o teto limite de contribuição: 14%.

Pensão por morte

Passaram a vigorar em 2021 as novas medidas para concessão de pensão por morte. Os direitos valem caso o falecimento ocorra após 18 contribuições mensais e pelo menos dois anos desde o casamento ou união estável. Para óbitos ocorridos a partir de janeiro de 2021, os critérios são:

  • Menos de 22 anos de idade: pensão paga durante três anos.
  • Entre 22 e 27 anos: durante seis anos.
  • De 28 a 30 anos: pensão recebida por 10 anos. 
  • 31 a 41 anos: por 15 anos.
  • 42 a 44: pensão paga durante 15 anos. 
  • A partir de 45 anos: pensão vitalícia. 

Leia mais: Empreender na aposentadoria. Saiba por onde começar. 

grávida sorrindo com roupinha de recém-nascido

Como escolher seu plano de previdência privada

Confira os principais pontos nos quais você deve ficar atento antes de decidir qual plano contratar. 

  • Tipo de plano: PGBL ou VGBL.
  • Regime de tributação: progressiva ou regressiva. 
  • Taxas de administração: variam entre 0,5% e 2% ao ano, podendo ser maiores em produtos de Bancos. É bom ficar de olho. 
  • Taxa de carregamento: cobrada toda vez em que uma contribuição é realizada ou um valor é resgatado. Planos antigos costumam ter esta taxa na entrada e nos resgates. O ideal é escolher por uma instituição que dispense a taxa de carregamento.
  • Rentabilidade:  fator responsável pelo crescimento do seu patrimônio, a rentabilidade está sujeita ao impacto da inflação. Para calcular a previsão do rendimento, saiba que os fundos já apresentam o resultado descontando as taxas de administração. Uma medida recomendada antes de escolher por qual opção decidir é comparar o histórico de rentabilidade dos últimos 3 anos de cada plano. Esse dado pode ajudar, mas é importante lembrar a você que a rentabilidade passada não é garantia dos mesmos resultados no futuro.
  • Seguros ou coberturas de risco incluídos no plano: os planos de previdência privada oferecem coberturas de risco agregadas aos PGBLs e VGBLs. São coberturas que protegem o investidor e a sua família em casos de acidente, doença, invalidez e morte
  • Acesso às informações: dê preferência a empresas que oferecem a você o controle de todo o processo. Com acesso total aos rendimentos, taxas, prazos e coberturas, você garante transparência nos seus investimentos e segurança para o seu futuro. 
  • Reputação da empresa: não deixe de pesquisar referências e o máximo de informações possíveis para te deixar tranquilo quanto à seguradora que você está contratando.

As principais vantagens da previdência privada

  • Rentabilidade: a previdência privada tem rentabilidade superior à previdência social e  à poupança. 
  • Não entra em inventário: no falecimento, os valores acumulados pelo investidor são transferidos automaticamente aos seus herdeiros legítimos ou beneficiários indicados. 
  • Vários tipos de resgate: a previdência privada tem flexibilidade para que o titular resgate o valor investido da forma como preferir – total, parcelado, temporário, vitalício. 
  • Riscos reduzidos: a previdência privada é um dos investimentos mais seguros do mercado.
  • Portabilidade: caso o investidor já tenha contratado um plano e queira trocar o fundo escolhido inicialmente, ele pode fazê-lo sem custos e sem alteração no tempo calculado para o Imposto de Renda. 
  • Redução do Imposto de Renda: quem contrata o PGBL pode deduzir até 12% do valor de contribuição da base de cálculo do imposto de renda. 
  • Educação financeira: a previdência privada estabelece a projeção de ganhos futuros, levando o titular a investir com responsabilidade. Ele pode, por exemplo, investir os montantes que vier a economizar em aportes no fundo de previdência. Além disso, o compromisso em contribuir mensalmente ajuda o participante a planejar melhor o seu orçamento.

Qual valor e frequência da contribuição para a previdência privada?

O padrão para o valor mínimo de contribuição visto no mercado é de R$100,00 mensais para investir na previdência privada. Não são exigidos aportes esporádicos. Essa questão varia de acordo com a instituição financeira contratada e com o plano adquirido. Cada empresa oferece diferentes modelos de planos, adaptáveis a todo tipo de objetivo. 

A contribuição é um valor combinado para investimento frequente. Já o aporte é a aplicação voluntária e esporádica. O investidor pode fazer um ou mais aportes quando quiser, à parte da contribuição. 

Algumas entidades exigem aporte inicial ou dispõe de planos exclusivos para quem realiza um. Mas não é regra. É recomendado consultar as opções disponíveis e encontrar a proposta que mais se encaixa na sua realidade. 

estudante em intercâmbio adquirida com o investimento na previdência privada

Regras da previdência privada

Até pouco tempo, os fundos de previdência privada operavam sob métodos, digamos, mais “engessados”. Por isso, rendiam menos que outros fundos abertos de mercado e atraíam poucos gestores independentes e qualificados para fazer a gestão de recursos dos participantes. 

O que restavam eram as gestoras dos grandes bancos ofertando produtos de má qualidade e, tentando competir, algumas seguradoras independentes. Essas ofereciam fundos muitas vezes parecidos com aqueles dos bancos, mas com gestão mais ativa, buscando entregar melhores resultados. 

Com a flexibilização nas regras, que veio através da resolução nº 4.769/2019, ocorreu uma atualização substancial dos limites e dos tipos de investimentos que os fundos de previdência poderiam ofertar.

Um dos ganhos desse novo momento é a possibilidade de investir até 20% dos recursos do fundo no exterior. A medida abriu caminhos para a diversificação de ativos, o que resulta em mais opções, melhor controle de risco e possibilidade de retornos maiores.

Do dia para a noite, saímos de um cenário de mercado que ofertava mais de 95% de fundos de renda fixa, para milhares de novos fundos ciclo de vida, multimercados e de ações. A nova realidade atraiu centenas de gestores qualificadíssimos para o mercado de previdência, praticamente acabando com a má fama de não trazer bons retornos.

A flexibilização tornou a previdência privada um produto mais atraente, chamando a atenção dos investidores. Com o crescimento do mercado de previdência, os brasileiros passaram a ter acesso a fundos com taxas mais baixas. Enquanto isso, os gestores têm maior leque de investimentos, podendo praticar estratégias robustas e oferecer aos clientes ainda mais opções interessantes. 

Leia mais: Previdência privada é investimento?

Quem oferece os planos e quem controla os fundos

As seguradoras são as responsáveis legais por criar e ofertar planos de previdência no Brasil. Com isso, cria-se a estrutura para cada fundo, formado por:

  • Seguradora.
  • Administrador.
  • Gestora.
  • Banco custodiante

A gestora do fundo é que decide em que ativos os recursos serão aplicados. A ela cabe avaliar o mercado e analisar a relação risco x retorno para os clientes. 

Para uma gestora oferecer o plano, é necessário que ela obtenha a autorização da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro).

Assim, os investimentos ficam protegidos de uma eventual falência da gestora dos fundos. Caso isso aconteça, os valores guardados nos fundos podem ser transferidos pela administradora a outra gestora, evitando prejuízos para os investidores. 

ilustração representando o crescimento de um investidor, com pilhas de moedas

Planos de previdência x fundos de previdência

Eis uma distinção importante de se fazer, para compreensão de quem quer investir.

O plano de previdência é o que o investidor contrata. Ele traz as condições, planos, prazos, valores e tudo que envolve a gestão e o retorno. 

Os recursos investidos serão aplicados no fundo de previdência. O gestor é quem escolhe em quais papéis investir, que ativos comprar e vender e em que momento é melhor apostar em determinado fundo.

Previdência privada para crianças

Não é só o futuro dos trabalhadores que pode mudar com a previdência privada. Muitas famílias têm optado por investir em planos para os filhos pequenos. Com anos de rendimentos e juros sobre juros, o fundo representará uma quantia considerável quando seus filhos crescerem. 

Acumulação e usufruto

Esses são termos utilizados em momentos chave do investimento. 

A acumulação é o período em que o investidor guarda seus recursos no fundo de previdência para rendimento. 

O usufruto é o momento em que ele receberá de volta o valor investido, com os devidos rendimentos. 

Previdência privada aberta e fechada

A previdência privada aberta é aquela oferecida para o público em geral, com condições válidas em nível individual. Sua execução precisa seguir as regras estabelecidas pela Susep (Superintendência de Seguros Privados), órgão do Ministério da Economia responsável pela fiscalização do segmento.

Já o modelo de previdência privada fechada, também conhecido como fundo de pensão, é uma opção criada por empresas ou outras entidades de classe para atender grupos profissionais ou associações específicas. A fiscalização fica por conta da Previc (Superintendência Nacional de Previdência Complementar), também submetida ao Ministério da Economia.

Taxas da previdência privada

Conheça as taxas praticadas nos fundos de previdência privada. 

  •               Taxa de administração

Assim como em todo fundo de investimento, essa taxa é paga à gestora pela administração da carteira e como forma de cobrir os custos envolvidos. Tem incidência e cobrança sobre o saldo total diariamente. 

A taxa de administração varia de acordo com o tipo de fundo e com a gestora. Como, no caso da previdência, a tendência é que os recursos permaneçam no fundo por um bom tempo, essa taxa acaba impactando sobre a rentabilidade da carteira. 

É uma conduta normal no mercado basear o valor dessa taxa no perfil dos investimentos. Por isso, quanto mais agressivo o fundo, mais altas podem ser as taxas cobradas. 

Fundos de renda fixa geralmente apresentam taxa de administração entre 0,5% e 1,5% ao ano. Já os fundos do tipo multimercados cobram taxa com percentuais entre 1% e 2% ao ano. Os fundos de ações costumam apresentar as maiores taxas, variando entre 2% e 3% ao ano.

  •               Taxa de carregamento

Ainda é encontrada, mas nos planos atuais tem caído em desuso, por ser considerada abusiva. A taxa de carregamento desconta uma porcentagem sobre cada contribuição, aporte ou resgate realizados pelo investidor. Esse percentual varia de empresa para empresa, podendo chegar até a 12% nos planos mais antigos. Alguns planos condicionam a porcentagem da taxa ao valor do aporte. 

Uma alternativa à taxa de carregamento é a taxa de saída decrescente, que chega a zero a partir de 3 anos de plano.

  •               Taxa de performance

Cobrada, na maioria das vezes, em fundos multimercado e de ações. É descontada quando o rendimento do fundo ultrapassa o prometido pelo gestor. A taxa de performance é medida de acordo com o indicador de referência, também conhecido como benchmark – geralmente é o CDI, IMA B ou o Ibovespa.

jovem turista de braços abertos comemorando a conquista

Tipos de plano de previdência privada

Para identificar o melhor tipo de plano para o seu perfil, é importante levar em conta as despesas dedutíveis usadas na sua declaração do Imposto de Renda

PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre)

Quem opta pelo PGBL, pode deduzir até 12% da sua renda bruta tributável anual, o que reduz anualmente o valor pago de imposto ao leão.

Quando o cliente decidir retirar o dinheiro do fundo de previdência, o Imposto de Renda vai incidir sobre o valor total: as contribuições + os rendimentos. 

Ou seja, contratar o PGBL representa um adiamento da tributação real. O investidor economiza durante o tempo em que estiver contribuindo, inclusive podendo reinvestir o imposto economizado com o PGBL nessa fase.

O PGBL pode ser adotado apenas por aposentados ou contribuintes do INSS. 

VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre)

Diferente do PGBL, o VGBL funciona assim: ao resgatar os recursos, o investidor que adotou o VGBL paga ao Imposto de Renda apenas o percentual referente aos rendimentos – e não o valor total. Esse tipo de plano é indicado para quem faz declaração simplificada, é isento do IR ou deseja aplicar mais do que os 12% no PGBL. 

Tributação

O plano de previdência privada é tributado apenas no resgate do investimento. Não é feita aquela cobrança periódica sobre os rendimentos que é comum nos fundos de investimento – o chamado “come-cotas”.

São dois regimes de tributação possíveis para o investidor. 

1) Tabela Progressiva: opção na qual as alíquotas aumentam de acordo com o valor de renda tributável recebido anualmente. Resgates nos planos de previdência se somam às demais rendas. 

Por exemplo: o investidor que escolhe receber uma renda mensal de R$2.000 terá uma alíquota menor do que aquela que será paga por quem contar com uma renda de R$10.000. 

O regime progressivo é indicado para: 

  • Quem tem muitas despesas dedutíveis.
  • Para quem tem renda igual ou abaixo da faixa de 7,5% da tabela do IR. É que, nesses casos, a alíquota efetiva de IR no resgate será inferior ao menor imposto da tabela regressiva. 

Confira a escala de alíquotas da tabela progressiva: 

  • Isenção para renda mensal abaixo de R$ 1.903,99;
  • 7,5% para renda mensal de R$ 1.903,99 a R$ 2.826,65;
  • 15% para renda mensal entre R$ 2.826,66 e R$ 3.751,05;
  • 22,5% para renda mensal entre R$ 3.751,06 e R$ 4.664,68;
  • 27,5% para renda mensal acima de R$ 4.664,68.

No momento do resgate em planos que operam na tabela progressiva, é feita antecipação de 15% de Imposto de Renda com ajuste na declaração seguinte.

2) Tabela Regressiva: aqui, as tributações sobre os investimentos diminuem gradativamente. Por isso, é uma ótima escolha para quem pretende contribuir por um maior prazo. As alíquotas podem chegar a 10% para cada contribuição e respectivos rendimentos que ultrapassarem 10 anos de plano.

Mesmo assim, é importantíssimo avaliar o seu caso. Se você precisar resgatar os valores em períodos menores, pode pagar até 35% em impostos.

Atenção para o detalhe! A alíquota do IR para tabela progressiva leva em conta o intervalo de tempo do valor investido. Isso quer dizer que a contribuição que você fez recentemente, após 8 anos de plano, não terá a mesma alíquota das suas primeiras contribuições, de quando você havia acabado de assinar o contrato. Assim, o mesmo plano terá tributações diferentes. 

Confira a escala de alíquotas da tabela regressiva:

  • até 2 anos — 35%;
  • de 2 a 4 anos — 30%;
  • de 4 a 6 anos — 25%;
  • de 6 a 8 anos — 20%;
  • de 8 a 10 anos — 15%;
  • acima de 10 anos — 10%.

O regime regressivo é indicado para:

  • Quem tem certeza que não terá muitas despesas dedutíveis na aposentadoria.
  • Quem prevê, na aposentadoria, renda acima da faixa mínima do IR do regime progressivo – 7,5%. 

Leia mais: Regra 50-30-20 para organizar seu dinheiro

senhor na praia sorrindo e ostentando a boa vida

Tipos de fundo 

A princípio, a meta dos gestores de fundos de renda fixa e algumas categorias do tipo multimercado é superar o CDI, que está diretamente ligado à taxa Selic

É que o Certificado de Depósito Interbancário – CDI é utilizado como taxa referencial pela maioria dos fundos de previdência. Mas existem outros fundos, por exemplo: os atrelados à inflação – que têm o IMA como referência – e os de ações, que têm o Ibovespa como principal indicador para medir e comparar seus resultados. 

Renda fixa

Os fundos de renda fixa são considerados a classe mais conservadora. Eles são indicados para quem quer correr menos riscos nos investimentos. Nesse tipo de fundo, o investidor tem ideia de quanto seriam os rendimentos com antecedência, no caso de fundos pré-fixados. Isso dá ao cliente a previsão do resultado dos seus investimentos a longo prazo. 

Ações

São os mais agressivos deste mercado. Em troca dos riscos, os fundos de ações oferecem a possibilidade de apresentar altos ganhos. 

  • Previdência Ações Indexados: aplica no mínimo, 67% da carteira em renda variável, acompanhando as variações de um determinado índice de referência do mercado de ações. 
  • Previdência Ações Ativo: também no mínimo, 67% da carteira em renda variável, porém sem buscar, necessariamente, superar um índice de referência do mercado.

Multimercados

Ficam no meio termo entre os fundos de renda fixa e os fundos de ações. Os riscos dos fundos multimercados vão de moderados a agressivos. São bem flexíveis e têm gestão mais ativa. Por isso, podem trazer bons rendimentos, com riscos menores que os de fundos de ações.  

Estão inclusos nessa modalidade os fundos multimercados balanceados. Eles buscam retorno a longo prazo, incluindo na carteira ativos diversos como renda fixa, ações e câmbio. As opções de aplicações são:

  • Porcentagem: 15% a 30%, 30% a 49% e acima de 49% da carteira destinados à renda fixa. 
  • Data Alvo: investimento em variadas classes de ativos, fixando data referencial para o retorno. 
  • Juros e Moedas: investimento no qual são empregadas estratégias que envolvem risco de juros, risco de índice de preço e risco de moeda estrangeira.

FoF’s

Os FoFs, ou Fundos de Fundos, são, como o próprio nome já diz, tipos de fundos que aplicam recursos em outros fundos. Quem investe em FoFs está investindo em uma carteira que tem diversos gestores. A eles cabe a escolha dos fundos, os percentuais alocados e as estratégias empenhadas nas classes de Renda Fixa, Multimercados ou Renda Variável. 

Fundos Ciclo de vida

Fundos compostos com o propósito de obter rendimentos sem riscos para o futuro. As carteiras são compostas de forma que, no começo do plano, são realizadas aplicações em papéis de renda variável, que trazem maior rentabilidade, mas apresentam maior risco. 

Gradativamente, o percentual de investimentos em renda variável diminui proporcionalmente ao crescimento das aplicações em renda fixa, com menor risco. Isso acontece para que o cliente do fundo esteja exposto a menos riscos no momento de usufruto do montante aplicado, durante a aposentadoria. 

O rendimento da previdência privada

O rendimento da previdência privada é bem maior que o da poupança. O cálculo da rentabilidade de uma caderneta da poupança funciona assim: caso a taxa SELIC (taxa básica de juros) for menor ou igual a 8,5% ao ano, a poupança rende 70% da SELIC + a Taxa Referencial. Se a SELIC ficar acima de 8,5% ao ano, a poupança vai render 6,17% ao ano + TR.

Essa é uma das vantagens da previdência privada. Enquanto a poupança tem a rentabilidade estabelecida por lei, os planos de previdência privada oferecem retorno variável, de acordo com o perfil dos investimentos escolhidos pelos participantes. 

O ideal a fazer é pesquisar entre as opções do mercado e optar pelo fundo que melhor se encaixa no seu perfil. Investimentos de maior risco tendem a oferecer maior resultado. Mas isso não é regra. Um outro ponto a se considerar: os fundos que apresentaram maior rentabilidade nos últimos meses não necessariamente repetirão o resultado, já que o retorno depende muito das movimentações do mercado financeiro nacional e global.

Lembre-se também que a previdência privada é um plano elaborado para apresentar resultados a médio/longo prazo. Por isso, não é necessário se preocupar com quaisquer instabilidades momentâneas.

Leia mais: Como definir metas financeiras?

família em refeição comemorativa em quintal aberto

Formas de resgate do valor investido na previdência privada

Resgate integral 

O investidor pode fazer o resgate de todo o valor de uma vez, respeitando a carência de no mínimo 60 dias e no máximo 2 anos a partir da contratação. Ele tem também a opção de sacar o dinheiro por partes, obedecendo o intervalo, que pode ser de 60 em 60 dias.

É fundamental calcular os impostos sobre o valor resgatado antes de decidir sacar o dinheiro. Avalie também se é melhor realmente receber o dinheiro integralmente ou em parcelas. 

Renda mensal vitalícia

Essa opção dá ao investidor a possibilidade de receber uma renda mensal atualizada pela inflação até o seu falecimento

O valor da renda é determinado com base em uma tabela padrão que descreve a expectativa média de vida do brasileiro, chamada de tábua atuarial

Se o investidor viver mais tempo que essa média, ele continua recebendo o valor mensal normalmente. 

Aqui, é necessário ficar atento às condições do plano em situações de morte prematura. Neste caso, a seguradora não irá devolver os recursos não utilizados para a família.

Renda vitalícia reversível ao cônjuge, herdeiros menores ou beneficiário indicado

O titular pode solicitar ao plano que, após seu falecimento, um percentual da renda seja pago a seus herdeiros legais menores até que atinjam a maioridade ou a um beneficiário indicado na proposta de adesão. Após o falecimento desse beneficiário, a renda é encerrada. 

Outra opção é estender o benefício após a morte a seu (sua) cônjuge. Depois do falecimento do cônjuge, a renda mensal passa a ser direcionada aos herdeiros legais menores, se for o caso. 

Renda mensal temporária ou por prazo certo

A partir de acordo entre a empresa responsável e o investidor, ele pode receber parcelas mensais durante um período definido. Caso o investidor venha a falecer antes do fim desse prazo, os beneficiários do plano ou herdeiros legais seguem recebendo a renda até o fim do prazo acordado. 

Renda temporária

Tem regras similares às da renda mensal por prazo determinado. A diferença é que, em caso de falecimento do titular do plano, o valor investido fica para a seguradora. 

Previdência privada não entra no inventário

Ao contratar o plano de previdência privada, o investidor poderá indicar quem serão seus beneficiários após sua morte. Assim, dá-se liquidez ao patrimônio alocado em previdência. É que, por lei, ele não entra em inventário.    

Se por algum motivo a indicação não for feita, o valor acumulado será transferido automaticamente aos herdeiros legítimos do titular seguindo o Código Civil. 

ilustração em que uma seta ascendente simbolizando uma árvore de dinheiro representam o investimento

Tábua atuarial  

Conhecida também como tábua de vida, tábua de mortalidade ou tábua biométrica, a tábua atuarial é uma tabela que estima a expectativa de vida de um determinado grupo social. 

Ela foi criada com base na ciência atuarial, utilizada para avaliar riscos e previsões do mercado financeiro. Por isso, a tábua atuarial incide sobre o cálculo de juros, benefícios e taxas de seguros. E no nosso caso, é fundamental para a definição do valor das rendas possíveis de serem contratadas na aposentadoria pelo participante. 

Leia mais: 7 atitudes simples para sua saúde financeira

Portabilidade

É uma opção viável e bastante acessível para quem quer mudar de plano. Geralmente a portabilidade é acionada quando o investidor está insatisfeito com a rentabilidade do fundo contratado, com a taxa de administração ou outros pontos. 

A troca só pode ser realizada enquanto estiver acumulando recursos, ou na aposentadoria, caso ele não opte por nenhuma renda disponível, mantendo seus recursos investidos no plano. O cliente pode fazer dois tipos de portabilidade: 

  • Portabilidade interna: transferência de plano dentro da mesma instituição na qual o cliente já investe. 
  • Portabilidade externa: migração para fundos de outra seguradora. 

Escolhendo qualquer uma das opções acima, o investidor não precisa pagar Imposto de Renda. Já a cobrança de taxas de saída depende do plano no qual o recurso estava acumulado antes da portabilidade. Alguns contratos exigem o pagamento de uma taxa de saída. 

Mas o melhor da portabilidade é que o período de aplicação e a rentabilidade do valor investido não são afetados. Ou seja, as contribuições no novo fundo passam a contar a partir de onde você parou na seguradora anterior, não do zero. 

Só é possível migrar da tabela de cobrança progressiva para outra progressiva ou regressiva. Já o plano de cobrança regressiva não pode ser alterado para progressiva. 

Também não é permitido mudar a modalidade. O plano PGBL precisa manter-se nessa modalidade, assim como o VGBL.

Esperamos ter ajudado na sua compreensão dessa tendência cada vez mais apreciada por todo mundo que planeja um futuro com fartura e segurança financeira, novos empreendimentos e desenvolvimento profissional. Investir em previdência privada pode transformar a sua realidade e a da sua família para sempre!

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